quarta-feira, 17 de abril de 2013

CLONAGEM


UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS - UNEAL
GRADUANDAS EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Ana Jéssica Gomes Guabiraba
Daniela Barbosa Cavalcante 
Eliane Lima de Oliveira
Jéssica Moreira da Silva

Genética - Profª Luciana Tenner


O termo clone foi criado em 1903 pelo botânico Hebert J. Webber enquanto pesquisava plantas no Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. A palavra clone é de origem grega e significa ‘broto’. De acordo com Webber clone é definido como uma população de moléculas, células ou organismos que se originaram de uma única célula e que são idênticas à célula original e entre si.
Clonagem em biologia é o processo de produção das populações de indivíduos geneticamente idênticos, que ocorre na natureza quando organismos, tais como bactérias, insetos e plantas reproduzirem assexuadamente. Clonagem em biotecnologia refere-se aos processos usados para criar cópias de fragmentos de DNA, Células, ou organismos.
Na natureza, o processo de clonagem pode ser verificado, por exemplo, quando uma ameba se reproduz assexuadamente originando outras, que são geneticamente iguais entre si e iguais à ameba mãe.

Em humanos, os clones naturais são gêmeos univitelinos, seres que compartilham do mesmo DNA, ou seja, do mesmo material genético originado pela divisão do óvulo fertilizado.

Entre os animais, a clonagem pode ser verificada, por exemplo, em seres como as planárias, vermes do grupo dos platelmintos. Pedaços de uma planária são capazes de se desenvolver, de maneira que cada pedaço origina um novo indivíduo, depois de sucessivas mitoses celulares. Esses novos indivíduos são, portanto, cópias geneticamente idênticas um do outro e também idênticas à planária original.

DOLLY

Os clones não chamaram muita atenção durante anos, pois a clonagem se restringia principalmente a plantas e protozoários. Porem em 1996, o escocês Ian Wilmut com a colaboração da empresa de biotecnologia PPL Therapeutics conseguiu a proeza de mostrar que era possível a partir de uma célula somática diferenciada clonar um mamífero, tratava-se de uma ovelha da raça Finn Dorset chamada Dolly.
O processo de clonagem da ovelha Dolly foi realizado da seguinte maneira: eles isolaram uma célula mamaria congelada de uma ovelha da raça Finn Dorset de seis anos de idade e a colocaram numa cultura com baixa concentração de nutrientes. Com isso a célula entrou em um estado de latência parando de crescer. Em paralelo foi retirado o ovulo não fertilizado de uma ovelha da raça Scottish blackface da cor escura. Desse ovulo não fertilizado foi retirado o núcleo. Através de um processo de eletrofusão ocorre a união do núcleo da ovelha da raça Finn Dorset com o ovulo sem núcleo da ovelha da raça Scottish Blacface, dando inicio a divisão celular, após seis dias o blastocisto foi colocado no útero de uma outra ovelha da raça Scottish Blackface que funciona como barriga de aluguel. Após a gestação esta ovelha que é escura deu a luz a um filhote branquinho da raça Finn Dorset chamada Dolly.

Apesar do sucesso da clonagem, a técnica apresentou alguns erros. Com o passar do tempo foi percebido que Dolly apresentava envelhecimento precoce. Devido ao envelhecimento Dolly sofria de artrite no quadril e joelho da pata traseira esquerda. Sugere-se que isso ocorreu pelo fato de que ela tinha sido criada a partir de uma célula adulta de seis anos.
Dolly foi sacrificada aos 6 anos de idade, depois de uma vida marcada por envelhecimento precoce e doenças.

                                                     TIPOS DE CLONAGEM

·          Clonagem Natural  Ocorre espontaneamente na Natureza, sendo comum a diversas espécies que têm capacidade de se reproduzir assexuadamente, isto é, sem a união de gametas, e as crias são geneticamente iguais ao progenitor, uma vez que possuem o mesmo patrimônio genético. Existem vários processos de reprodução assexuada, sendo os mais conhecidos à fragmentação, a partenogênese, a bipartição, a gemulação, a esporulação e a multiplicação vegetativa.
·        Fragmentação: o organismo fragmenta-se espontaneamente ou por acidente e cada fragmento desenvolve-se originando novos seres vivos, como é o caso das estrelas-do-mar e das algas.
·        Partenogênese: processos através do qual um óvulo se desenvolve originando um novo organismo, sem que tenha havido fecundação prévia. Este processo é comum na abelha, pulgão, formiga, alguns répteis e anfíbios.
·        Bipartição: um indivíduo divide-se em dois com dimensões sensivelmente iguais, desenvolvendo-se a partir de cada fragmento dois seres, como é o caso da amiba, planaria e paramécias.
·        Gemulação: num organismo formam-se uma ou mais dilatações, denominadas gomos ou gemas, que crescem e desenvolvem originando novos organismos. É um processo comum na hidra de água doce e na levedura.
·        Esporulação: formação de células reprodutoras denominadas esporos que, ao germinarem, originam novos indivíduos, como acontece nos fungos.
·        Multiplicação vegetativa: nas plantas, as estruturas vegetativas, raízes, caules ou folhas, por vezes modificadas, originam, por diferenciação, novos indivíduos. É o processo utilizado pelas cenouras (raízes), batateira (tubérculo), fetos (rizoma), Bryophyllum (folha).

                                http://genetica-chaves.webnode.com/tipos-de-clonagem/

·         Clonagem Induzida Artificialmente:

        A clonagem induzida artificialmente é uma técnica da engenharia genética aplicada em vegetais e animais, ligada à investigação científica.
        O termo aplica-se a uma forma de reprodução assexuada produzida em laboratório, de forma artificial, baseada num único patrimônio genético. A partir de uma célula-mãe, ocorre a produção de uma ou mais células (idênticas entre si e à original), os clones.
        Os indivíduos resultantes, ou seja, os clones, deste processo terão as mesmas características genéticas do indivíduo «doador», também denominado «original».
·          Clonagem Reprodutiva
A clonagem reprodutiva é pretendida para produzir uma duplicata de um indivíduo existente. É utilizada a técnica chamada de Transferência Nuclear (TN): Baseia-se na remoção do núcleo de um óvulo e substituição por um outro núcleo de outra célula somática. Após a fusão, vai havendo a diferenciação das células Após cinco dias de fecundação, o embrião, forma um cisto chamado blastocisto. É nesta fase que ocorre a implantação do embrião na cavidade uterina. Após o período de gestação surge um indivíduo com patrimônio genético idêntico ao do doador da célula somática.


A Clonagem "Terapêutica" é um procedimento cujos estágios iniciais são idênticos à clonagem para fins reprodutivos, difere somente no fato do blastocisto não ser introduzido em um útero. Ele é utilizado em laboratório para a produção de células-tronco (totipotentes) a fim de produzir tecidos ou órgão para transplante. Esta técnica tem como objetivo produzir uma cópia saudável do tecido ou do órgão de uma pessoa doente para transplante.
As células-tronco são classificadas em dois tipos: células-tronco embrionárias e células-tronco adultas. As células-tronco embrionárias são multifuncionais, isto é, podem ser diferenciadas em diferentes tipos de células. As células-tronco adultas não possuem essa capacidade de se transformar em qualquer tecido. As células musculares vão originar células musculares, as células de fígado vão originar células de fígado, e assim por diante.



                                              REFERÊNCIAS                           

CLONAGEM. Disponível em http://genetica-chaves.webnode.com/tipos-de-clonagem/. Acessado em 16 de abril de 2013 ás 17h14minhs.
LEITE, Leonardo revisado por Giselda MK Cabello. CLONAGEM, disponível em http://www.ghente.org/, acessado em 10 de abril de 2013 ás 13h45minhs.









Nenhum comentário:

Postar um comentário