UNIVERSIDADE ESTADUAL DE ALAGOAS - UNEAL
GRADUANDAS EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Ana Jéssica Gomes Guabiraba
Daniela Barbosa Cavalcante
Eliane Lima de Oliveira
Jéssica Moreira da Silva
Genética - Profª Luciana Tenner
O termo clone foi criado em 1903 pelo botânico
Hebert J. Webber enquanto pesquisava plantas no Departamento de Agricultura dos
Estados Unidos. A palavra clone é de
origem grega e significa ‘broto’. De acordo com Webber clone é definido como
uma população de moléculas, células ou organismos que se originaram de uma
única célula e que são idênticas à célula original e entre si.
Clonagem em biologia é o processo de produção das
populações de indivíduos geneticamente idênticos, que ocorre na natureza quando
organismos, tais como bactérias, insetos e plantas reproduzirem assexuadamente.
Clonagem em biotecnologia refere-se aos processos usados para criar cópias de fragmentos
de DNA, Células, ou organismos.
Na natureza, o processo de clonagem pode ser
verificado, por exemplo, quando uma ameba se reproduz assexuadamente originando
outras, que são geneticamente iguais entre si e iguais à ameba mãe.
Em humanos, os clones naturais são
gêmeos univitelinos, seres que compartilham do mesmo DNA, ou seja, do mesmo
material genético originado pela divisão do óvulo fertilizado.
Entre
os animais, a clonagem pode ser verificada, por exemplo, em seres como as
planárias, vermes do grupo dos platelmintos. Pedaços de uma planária são
capazes de se desenvolver, de maneira que cada pedaço origina um novo
indivíduo, depois de sucessivas mitoses celulares. Esses novos indivíduos são,
portanto, cópias geneticamente idênticas um do outro e também idênticas à
planária original.
DOLLY
Os
clones não chamaram muita atenção durante anos, pois a clonagem se restringia
principalmente a plantas e protozoários. Porem em 1996, o escocês Ian Wilmut
com a colaboração da empresa de biotecnologia PPL Therapeutics conseguiu a
proeza de mostrar que era possível a partir de uma célula somática diferenciada
clonar um mamífero, tratava-se de uma ovelha da raça Finn Dorset chamada Dolly.
O
processo de clonagem da ovelha Dolly foi realizado da seguinte maneira: eles
isolaram uma célula mamaria congelada de uma ovelha da raça Finn Dorset de seis
anos de idade e a colocaram numa cultura com baixa concentração de nutrientes.
Com isso a célula entrou em um estado de latência parando de crescer. Em
paralelo foi retirado o ovulo não fertilizado de uma ovelha da raça Scottish
blackface da cor escura. Desse ovulo não fertilizado foi retirado o núcleo.
Através de um processo de eletrofusão ocorre a união do núcleo da ovelha da
raça Finn Dorset com o ovulo sem núcleo da ovelha da raça Scottish Blacface,
dando inicio a divisão celular, após seis dias o blastocisto foi colocado no
útero de uma outra ovelha da raça Scottish Blackface que funciona como barriga
de aluguel. Após a gestação esta ovelha que é escura deu a luz a um filhote
branquinho da raça Finn Dorset chamada Dolly.
Apesar
do sucesso da clonagem, a técnica apresentou alguns erros. Com o passar do
tempo foi percebido que Dolly apresentava envelhecimento precoce. Devido ao
envelhecimento Dolly sofria de artrite no quadril e joelho da pata traseira
esquerda. Sugere-se que isso ocorreu pelo fato de que ela tinha sido criada a
partir de uma célula adulta de seis anos.
Dolly
foi sacrificada aos 6 anos de idade, depois de uma vida marcada por envelhecimento
precoce e doenças.
TIPOS
DE CLONAGEM
·
Clonagem Natural Ocorre
espontaneamente na Natureza, sendo comum a diversas espécies que têm capacidade
de se reproduzir assexuadamente, isto é, sem a união de gametas, e as crias são
geneticamente iguais ao progenitor, uma vez que possuem o mesmo patrimônio
genético. Existem vários processos de reprodução assexuada, sendo os mais
conhecidos à fragmentação, a partenogênese, a bipartição, a gemulação, a
esporulação e a multiplicação vegetativa.
· Fragmentação: o organismo fragmenta-se
espontaneamente ou por acidente e cada fragmento desenvolve-se originando novos
seres vivos, como é o caso das estrelas-do-mar e das algas.
· Partenogênese: processos através do qual um óvulo se desenvolve
originando um novo organismo, sem que tenha havido fecundação prévia. Este
processo é comum na abelha, pulgão, formiga, alguns répteis e anfíbios.
· Bipartição: um indivíduo divide-se em dois com
dimensões sensivelmente iguais, desenvolvendo-se a partir de cada fragmento
dois seres, como é o caso da amiba, planaria e paramécias.
· Gemulação: num organismo formam-se uma ou mais
dilatações, denominadas gomos ou gemas, que crescem e desenvolvem originando
novos organismos. É um processo comum na hidra de água doce e na levedura.
· Esporulação: formação de células reprodutoras
denominadas esporos que, ao germinarem, originam novos indivíduos, como
acontece nos fungos.
· Multiplicação
vegetativa: nas plantas, as
estruturas vegetativas, raízes, caules ou folhas, por vezes modificadas,
originam, por diferenciação, novos indivíduos. É o processo utilizado pelas
cenouras (raízes), batateira (tubérculo), fetos (rizoma), Bryophyllum (folha).
·
Clonagem Induzida Artificialmente:
A clonagem induzida artificialmente é
uma técnica da engenharia genética aplicada em vegetais e animais, ligada à
investigação científica.
O termo aplica-se a uma
forma de reprodução assexuada produzida em laboratório, de forma artificial,
baseada num único patrimônio genético. A partir de uma célula-mãe, ocorre a
produção de uma ou mais células (idênticas entre si e à original), os clones.
Os indivíduos
resultantes, ou seja, os clones, deste processo terão as mesmas características
genéticas do indivíduo «doador», também denominado «original».
·
Clonagem Reprodutiva
A clonagem reprodutiva é pretendida para
produzir uma duplicata de um indivíduo existente. É utilizada a técnica chamada
de Transferência Nuclear (TN): Baseia-se na remoção do núcleo de um óvulo e
substituição por um outro núcleo de outra célula somática. Após a fusão, vai
havendo a diferenciação das células Após cinco dias de fecundação, o embrião,
forma um cisto chamado blastocisto. É nesta fase que ocorre a implantação do
embrião na cavidade uterina. Após o período de gestação surge um indivíduo com
patrimônio genético idêntico ao do doador da célula somática.
A Clonagem "Terapêutica" é um
procedimento cujos estágios iniciais são idênticos à clonagem para fins
reprodutivos, difere somente no fato do blastocisto não ser introduzido em um
útero. Ele é utilizado em laboratório para a produção de células-tronco
(totipotentes) a fim de produzir tecidos ou órgão para transplante. Esta
técnica tem como objetivo produzir uma cópia saudável do tecido ou do órgão de
uma pessoa doente para transplante.
As células-tronco são classificadas em dois
tipos: células-tronco embrionárias e células-tronco adultas. As células-tronco
embrionárias são multifuncionais, isto é, podem ser diferenciadas em diferentes
tipos de células. As células-tronco adultas não possuem essa capacidade de se
transformar em qualquer tecido. As células musculares vão originar células
musculares, as células de fígado vão originar células de fígado, e assim por
diante.
REFERÊNCIAS
CLONAGEM. Disponível
em http://genetica-chaves.webnode.com/tipos-de-clonagem/. Acessado em 16
de abril de 2013 ás 17h14minhs.
LEITE,
Leonardo revisado por Giselda MK Cabello. CLONAGEM,
disponível em http://www.ghente.org/,
acessado em 10 de abril de 2013 ás 13h45minhs.









Nenhum comentário:
Postar um comentário